A Linha Férrea Turística
de Vila da Ponte, via São Roque
(aldeia anexa de Vila da Ponte) ao Seixo
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Como é do conhecimento de quem pesquisa
esta homepage, existe em Vila da Ponte - Sernancelhe, uma estação de
comboios da
linha férrea Entre Douro e Beiras, que vai desde a Régua (onde faz
ligação com a linha do Douro), até Celorico da Beira (onde se encontra com a
linha da Beira Alta). Linha que serve as populações dos concelhos por onde
passa, e dá escoamento a uma diversidade de produções agrícolas e indústrias
locais, nomeadamente o transporte de |
toneladas de granitos.
Linha que enriqueceu uma diversidade de
estruturas do concelho, colocando esta região da Beira Interior numa
posição privilegiada em termos de comunicações terrestres.
Também há uns anos o poder político de Sernancelhe e Penedono, lutaram
em simultâneo, com a CP (Companhia Portuguesa de
Transportes Férreos), com vista ao prolongamento dum ramal desde
Vila da Ponte até Penedono. Tal obra foi reprovada pela CP, pelos
encargos elevados da obra e provável falta de rentabilidade
posterior. |
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Sernancelhe nos últimos anos
passou a ser um território de referência, primeiro para os concelhos
vizinhos, depois para toda a grande zona do interior, e actualmente é local
conhecido e visitado por populações de todo o País. |
Primeiro foram os granitos e a castanha de
Sernancelhe. Nos últimos anos houve grandes apostas tecnológicas, muito
bem delineadas e executadas com vista à sedução de grandes massas de
populações ao concelho e consequente enriquecimento económico de toda a
população local, com outras infra estruturas que vieram a ser realizadas
por particulares: restaurantes, turismo rural, pousadas, etc. E
refiro-me a dois pontos:
-1º - A recuperação do património arquitectónico local, desde a zona do
recinto da Srª da Lapa, o espaço monumental da vila de Sernancelhe e da
vila de Fonte Arcada. Tal triângulo turístico, associado a uma boa
qualidade das rodovias correspondeu a partida do sucesso.
-2º - O
Teleférico da Nossa Senhora das Necessidades em Vila da Ponte, quase
inédito em Portugal, o
Funicular da Srª de ao Pé da Cruz em Sernancelhe e o
Aeródromo
de Macieira, vieram propagandear e seduzir bastante gente, que, amantes
destas tecnologias modernas, e a par da visita aos locais históricos, |
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puderem gozar em simultâneo as duas atracções: o património antigo e as
tecnologias modernas. |
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Vila da Ponte, não pela questão do teleférico mudou profundamente nos
últimos tempos. Aldeia conhecida como a "Pérola do Távora", ficou
completamente desfigurada após a construção da Barragem do Vilar, pois
que, na maior parte do ano, as águas arrepresadas de alguns Invernos,
rapidamente baixavam de nível na aldeia mal se iniciasse a turbinagem para a transformação em electricidade.
Consequentemente na maior parte do ano, e cada vez mais, a zona
ribeirinha e território inundado, ficavam despidos, sem água, sem
vegetação, desfigurando por completo a aldeia. |
O que duas ousadas mulheres conseguiram |
Caminhando a pé o
percurso selvagem do Vale |
A construção da
linha férrea |
A linha férrea em
funcionamento |
A rentabilização
económica da linha |
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A construção da
represa de Freixinho, veio finalmente resolver a situação, mantendo ora
no Inverno ora noutro período do ano, as águas a montante, ou seja em Vila
da Ponte constantemente no nível da máxima altura.
A aldeia recuperou o nome de "Pérola do Távora", e várias iniciativas
desportivas náuticas começaram então a proliferar.
Vila da Ponte não quis parar, não optou pela estagnação, consequente ao
desenvolvimento já referido.
Continuou na luta pelo progresso, sempre com ideias audazes e bem
sucedidas...
A floresta indígena, e paisagens invulgares do interior da freguesia, e
refiro-me a todo o vale que vai desde a anexa de Vila da Ponte
(S. Roque) ao Seixo (anexa de Sarzeda), estavam
por explorar e poderiam ser mais um motor do desenvolvimento turístico do
concelho, mas como?
À direita mais em cima, o que então foi delineado e realizado, as negociações e consequências... |